sexta-feira, 17 de agosto de 2018

AUTENTICIDADE NÃO TEM PREÇO! (VOCÊ VIVE SUA VIDA?)

Todo mundo está cansado de saber que há pessoas que passam por este planeta vivendo as expectativas dos outros, que modelam seus comportamentos segundo a opinião alheia e até mesmo escolhem seu rumo profissional de acordo com o parecer de terceiros, ou ainda seguindo o que está “na moda” ou o que “dá mais dinheiro”. Enfim, pessoas que não vivem a própria vida, que não são, portanto, legítimas em suas atitudes profissionais. 

As conseqüências deste tipo de “ser no mundo”, de agir, de pensar, são uma falta de autenticidade que pode comprometer muito a saúde emocional de qualquer pessoa. Quando não escolhemos por nós mesmos, quando não temos um verdadeiro contato conosco, é como se não tivéssemos uma vida própria. E hoje, mais do que nunca, esta é a diferença entre se dar bem ou não. 

Uma das conseqüências mais interessantes das transformações no mundo do trabalho hoje, é que para se ter sucesso nele, é preciso cada vez mais ser “legítimo”, pois o nível de entrega e dedicação que se exige agora não permite a ninguém mais trabalhar ”nas coxas”, ou até mesmo apenas “trabalhar bem”. 

A excelência que se espera de qualquer profissional na atualidade, dificulta muito a situação para aqueles que se encontram em um determinado campo de atuação apenas por comodidade, falta de opção, ou por interesses que não tenham a ver com a efetiva realização do trabalho. Não se trata mais apenas de ser feliz (apenas?) como até algum tempo atrás. Trata-se de ter ou não um lugar no mundo atual do trabalho. 

Cansamos de ver pessoas que fizeram suas escolhas profissionais segundo critérios os mais diversos, nem sempre ouvindo a si mesmos de verdade. Tais pessoas, em sua grande maioria, não conseguirão fazer de seu trabalho algo realmente excelente. Pelo menos não humanamente excelente, que é o que se espera hoje. 

São pessoas que não gostam realmente do que fazem, e por isso mesmo não colocam a alma em suas realizações. Às vezes nem sabem muito bem quem são, e se encontram “levadas” pela vida. Ocasionalmente este tipo de pessoa até se estabelece em sua profissão (isso hoje não acontece mais tão facilmente), mas fica um profissional apagado, sem brilho, sem tino ou qualquer satisfação que seja. 

É importante percebermos que, antes de sermos profissionais, somos pessoas, seres humanos, que têm aptidões e preferências, vontades e sonhos. A vida é uma dádiva maravilhosa demais para que nós a tornemos medíocre fazendo escolhas que não sejam motivadas pelo coração e baseadas em nossos sonhos. 

Não estou dizendo também para você tentar ser um pintor cubista se mal sabe desenhar uma galinha, ou ser jogador de basquete profissional se tem 1.70m de altura. Todos nós temos limitações de diversas ordens__ financeiras, físicas, de aptidão, comportamentais__ algumas, podemos trabalhar para mudar, outras não, e temos que levar em conta esta realidade ao traçar nosso caminho. O que não pode acontecer é perdemos totalmente o contato com nosso íntimo e começar a viver segundo conceitos e modismos externos a nós. 

Você tem que colocar a alma no que faz, porque se não fizer isso, é pouquíssimo provável que venha sequer a ser bem pago, porque você vai ser mais um, simplesmente mais um. O fato é que, se você não está fazendo muito bem o que se propôs a fazer, saiba que muita gente por aí está, e estas pessoas podem ter a vantagem avassaladora de estarem fazendo o que amam de verdade. Simplesmente não há como você competir com isso! 

A verdade é que quando você encontra o que realmente gosta de fazer, e se desenvolve neste sentido, acontece uma sinergia tão grande e tão absurdamente poderosa entre você e sua atividade, que é quase improvável que não obtenha sucesso. Todos os homens e mulheres que realizaram feitos grandiosos ao longo da história conseguiram encontrar esta sinergia. 

Muitas vezes olhamos para determinadas obras humanas__ pode ser um quadro, um projeto, uma construção, uma música, um livro, um carro, uma atuação__ e pensamos: como é que, em nome de Deus, alguém é capaz de fazer isso? A resposta é a mesma: sinergia, autenticidade, legitimidade! 

Observe com atenção e você perceberá que as pessoas que ficam muito ricas de maneira honesta, o fazem através do resultado excepcional do que realizam. O que só pode acontecer a partir desta sinergia que emerge quando você faz o que realmente ama. Muita gente ficou rica assim, e ainda fica! 

Por outro lado, muita gente que se considera sábia diz: “O negócio não é fazer o que gosta, e sim gostar do que faz”! Esta frase pode ter algum sentido, mas prefiro discordar dela. Você não é uma máquina, e sim uma pessoa, e se as pessoas pudessem realmente controlar aquilo de que gostam ou não, o mundo seria muito diferente, e muito sem graça também. Seria um mundo sem paixões! 

Estamos numa época que não perdoa amadorismos ou mesmo trabalhos simplesmente “bem feitos”. Mais do que competência técnica, as pessoas querem alma, vontade, brilho nos olhos. Ou você é muito bom mesmo, ou vai comer farelo, tendo que se contentar com as migalhas. 

Não adianta mentir para sua essência ou virar as costas para o que está gritando dentro de você, porque é quase certo que uma hora este grito vai explodir na sua cara. No entanto, algumas pessoas conseguem abafar este grito por muito tempo. Outras o fazem pela vida toda. Já ouviu falar de gente infeliz? 

A pior mentira é aquela que você conta a si mesmo. E em um mundo que cobra, mais do que nunca, a excelência e a autenticidade, os vencedores serão aqueles que conseguirem alinhar o que realmente trazem em sua essência com o que podem desenvolver para oferecer ao mercado. Isto é ser inteiro! Isto pode te fazer feliz, talvez rico, e simplesmente não tem preço. É plenitude de vida!


Fonte: Bruno Soalheiro
Via: Portal Administradores



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